Quarteto Fantástico - O Fim faz parte de um evento desenvolvido pela Marvel por meio do qual ela deu fim às histórias de alguns personagens da editora, como Justiceiro, Wolverine e Hulk. Para o exercício de imaginar como seria o ponto final da trajetória do Quarteto Fantástico, foi convidado um dos monstros sagrados dos quadrinhos, Alan Davis. O artista inglês é bem conhecido por ser um dos principais parceiros de Alan Moore no início de carreira, já que no começo dos anos 80 eles fizeram dupla em obras como Capitão Bretanha, Miraclemen e D. R. & Quinch.
Mas foi na Marvel US que Alan Davis atingiu o seu auge artístico, fazendo parcerias importantes com outras estrelas da editora, como com Chris Claremont em Excalibur no início dos anos 90. Contudo, a sua arte detalhada nunca foi muito adequada ao ritmo das revistas mensais e, por isso, seu trabalho nos últimos anos se limitou a arcos fechados e minisséries. É o caso de Quarteto Fantástico - O Fim, que demonstra ele ainda mantém a destreza em sua arte, inclusive nos roteiros.
A minissérie é ambientada num futuro distante, em que todos os heróis ainda vivem graças a um tratamento criado por Reed Richards chamado Projeto Matuzalém. Depois de uma batalha contra Doutor Destino, que custou a vida de Franklin e Valéria Richards, o Quarteto está esfacelado: Sue e Richards praticamente não vivem mais juntos, o Coisa finalmente conseguiu retornar a sua forma humana e formou uma família, e Johnny está integrando os Vingadores.
Nesse futuro imaginado por Davis, a Terra finalmente se recuperou das Guerras Mutantes, que devastou o planeta, e uma relativa paz reina em todo o Sistema Solar. Isso até que uma força misteriosa, de fora de nosso sistema, começa pouco a pouco a minar a ordem que a duras custas foi estabelecida. Revelar mais que isso poderia prejudicar as surpresas reservadas por Davis, que surpreendentemente preza por um tom otimista em sua trama.
Embora durante a maior parte do tempo, o Quarteto aja separadamente, é inegável que toda a história ostenta uma aura típica de suas histórias: uma odisseia cósmica que, além de investir na ação, oferece um drama familiar (ou de relacionamentos em geral, se preferir), que remetem às clássicas histórias que John Byrne criou durante sua passagem pela superequipe nos anos 70 e 80. Assim, Davis nos brinda com uma aventura moderna do Quarteto, cujo toque autoral se mostra evidente, sem contudo deixar de respeitar o legado da equipe.
Até os que não são familiarizados com a mitologia cósmica da Marvel são capazes de se divertir com a minissérie, que conta com a participação dos seus principais vilões, como Galactus, Superskull, Toupeira e Aniquilador. A edição da Salvat, como auxílio à leitura, traz como extras o histórico de Alan Davis (bem minucioso), uma entrevista com ele sobre o processo criativo (esclarecedor), fichas dos principais vilões do Quarteto Fantástico (poucas informações) e galeria com algumas capas desenhadas por Davis na revista da superequipe (imagens pequenas demais para apreciar a beleza da arte). No geral, trata-se de um bom encadernado que merece a leitura.
Quarteto Fantástico - O Fim
Fantastic Four: The End #1-6
**** 8,5
Marvel | janeiro a maio de 2007
Salvat | outubro de 2014
Roteiro e arte: Alan Davis
Arte-final: Mark Farmer
Cores: John Kalisz
A minissérie é ambientada num futuro distante, em que todos os heróis ainda vivem graças a um tratamento criado por Reed Richards chamado Projeto Matuzalém. Depois de uma batalha contra Doutor Destino, que custou a vida de Franklin e Valéria Richards, o Quarteto está esfacelado: Sue e Richards praticamente não vivem mais juntos, o Coisa finalmente conseguiu retornar a sua forma humana e formou uma família, e Johnny está integrando os Vingadores.
Nesse futuro imaginado por Davis, a Terra finalmente se recuperou das Guerras Mutantes, que devastou o planeta, e uma relativa paz reina em todo o Sistema Solar. Isso até que uma força misteriosa, de fora de nosso sistema, começa pouco a pouco a minar a ordem que a duras custas foi estabelecida. Revelar mais que isso poderia prejudicar as surpresas reservadas por Davis, que surpreendentemente preza por um tom otimista em sua trama.
Embora durante a maior parte do tempo, o Quarteto aja separadamente, é inegável que toda a história ostenta uma aura típica de suas histórias: uma odisseia cósmica que, além de investir na ação, oferece um drama familiar (ou de relacionamentos em geral, se preferir), que remetem às clássicas histórias que John Byrne criou durante sua passagem pela superequipe nos anos 70 e 80. Assim, Davis nos brinda com uma aventura moderna do Quarteto, cujo toque autoral se mostra evidente, sem contudo deixar de respeitar o legado da equipe.
Até os que não são familiarizados com a mitologia cósmica da Marvel são capazes de se divertir com a minissérie, que conta com a participação dos seus principais vilões, como Galactus, Superskull, Toupeira e Aniquilador. A edição da Salvat, como auxílio à leitura, traz como extras o histórico de Alan Davis (bem minucioso), uma entrevista com ele sobre o processo criativo (esclarecedor), fichas dos principais vilões do Quarteto Fantástico (poucas informações) e galeria com algumas capas desenhadas por Davis na revista da superequipe (imagens pequenas demais para apreciar a beleza da arte). No geral, trata-se de um bom encadernado que merece a leitura.
Quarteto Fantástico - O Fim
Fantastic Four: The End #1-6
**** 8,5
Marvel | janeiro a maio de 2007
Salvat | outubro de 2014
Roteiro e arte: Alan Davis
Arte-final: Mark Farmer
Cores: John Kalisz
Nenhum comentário:
Postar um comentário