Essa resenha é a primeira participação especial de Janaina Cota aqui no blog. Além de minha namorada, ela é uma grande fã tanto dessa série quanto da personagem Jessica Jones.
O universo dos quadrinhos nos últimos vem ganhando uma atenção especial em séries e filmes. É cada vez mais corriqueira a presença de personagens dos quadrinhos em cartazes e chamadas de lançamentos. A popularidade destes é crescente, e a indústria, a fim de conseguir ainda mais seguidores e manter os fãs atuais, está aprofundando em personagens secundários e outros há muito perdidos nos anos. Jessica Jones, do quadrinho Alias, é um exemplo desse fenômeno.
Após a criação do seriado (com título de mesmo nome da personagem), lançado pela Netflix, essa heroína conhecida por poucos ganhou especial atenção, gerando admiradores e algumas polêmicas a respeito da moça. Jessica Jones é apresentada em seu quadrinho como detetive da Codinome Investigações, criado por ela após desistir da carreira de heroína, quando se autodenominava Safira. Orfã, de aparência desleixada, modos grosseiros e aparentes problemas com cigarro e bebida, ela foi adotada por uma boa família. No entanto, a história da moça vai muito além dessa visão inicial. O desenrolar da história e os encaixes são simplesmente geniais, com direito a aparições de Luke Cage, Matt Murdock (Demolidor), J. Jonah Jameson, Peter Parker (Homem Aranha) e Dr. Octopus.
Retomando: no primeiro capítulo já notamos a personalidade forte da jovem, as dificuldades de falar sobre seu tempo como heroína e o vazio de sentimentos, facilmente notado na cena de sexo com Luke Cage, seu amigo, quando revela sua necessidade de sentir algo, não importando o quê. Durante algumas de suas investigações ao longo da HQ, ela conhece outras pessoas, dentre eles um policial de uma pequena cidade, onde se envolvem em um romance rápido, e deparamos com o preconceito dele em relação a personagem, simplesmente pelo medo do diferente. E por conseguinte, envolve em uma relação com o super-herói, Homem Formiga, apresentado pela sua antiga colega, e também heroína, Carol Danvers (Miss Marvel). Esse romance não viria a durar, pois uma notícia mudaria a vida dos dois personagens.
Outra peculiaridade da nossa amada heroína é força de superação, principalmente ao tratar do seu principal vilão, o Homem Púrpura, cujo poder de liberar hormônios o permite controlar a mente da vítima. O cruel Homem Púrpura com esse seu poder de controlar, manteve Jéssica Jones presa por meses e cometeu abusos contra a moça, forçando ela a amá-lo enquanto ele a desprezava por divertimento. Jéssica chora com Luke Cage ao contar sua história, enquanto lida com o pânico de enfrentar o Homem Púrpura novamente. O destino cuidou disso, e logo vemos Jéssica em ação, mostrando coragem de lidar com seus sentimentos, com toda a força que a personagem possui.
Jessica Jones se mostrou uma personagem madura, forte e direta, uma mulher com sentimentos e problemas como qualquer outra pessoa. Ela trouxe uma visão real do que vivemos, as dificuldades enfrentadas pelas pessoas especiais e os abusos sofridos, seja nas relações e conflitos pessoais, seja lidando com as perdas e sofrimentos oriundos das responsabilidades e das escolhas que fazemos. Por trás desse contexto, revela-se que todos super-heróis tem uma história, possuem família e, tendo superpoderes ou não, lidam com os mesmo problemas, conflitos e desejos que nós. Essa visão dos problemas humanos são abordados de forma maravilhosa e os traços do quadrinho não poderiam ser mais expressivos. É por essas e por outras que Jéssica Jones é um ícone.
Alias
Alias #1-28
***** 10
Marvel | novembro de 2001 a janeiro de 2004
Panini | agosto de 2010 (compreende #1-9)
Roteiro: Brian Michael Bendis
Arte: Michael Gaydos
Alias
Alias #1-28
***** 10
Marvel | novembro de 2001 a janeiro de 2004
Panini | agosto de 2010 (compreende #1-9)
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