quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

[Melhores de 2015] Melhores álbuns

No ano passado eu chamei essa categoria de melhor obra/série estrangeira. Mas eu preferi mudar a sua denominação, uma vez que percebi que as obras dessa espécie são álbuns ou, se preferir, graphic-novels. Assim denominando, posso também acrescentar obras de qualquer nacionalidade e, principalmente, deixar de considerar obras americanas como "não estrangeiras", que, por motivos óbvios, é um absurdo. Confira abaixo os três melhores álbuns que eu li em 2015!


>>> Corto Maltese - A Balada do Mar Salgado - De Hugo Pratt


Escolha óbvia para esse ano, A Balada do Mar Salgado representa um dos pontos altos dos quadrinhos mundiais. Esse atributo pode se estender a obra de Hugo Pratt como um todo, pois além de ter criado um personagem singular e até hoje incomparável, poucos souberam conjugar tão bem o apuro artístico com a proficiência nos roteiros. Balada é a primeira aventura de Maltese e se passa durante a Primeira Guerra Mundial no sul do Oceano Pacífico, lugar em que os alemães se aliaram a piratas locais para abater embarcações comerciais em busca de recursos. A resenha completa da obra pode ser conferida aqui.

>>> Pinóquio - De Winshluss


O Pinóquio de Winshluss é uma obra de fôlego. São 192 páginas de uma das adaptações mais bem sucedidas dos quadrinhos, uma vez que o autor foi além de transpor a obra original para outro formato. Na verdade, isso é o que menos se viu na HQ, pois Winshluss se valeu da fábula para tratar de temas bastante atuais. Tudo através de uma arte plenamente consciente de seu papel dentro da história, haja vista que o estilo vai desde as aquarelas até o lápis aparentemente não arte-finalizado. Esse apuro vem a calhar muito bem em razão do tipo de narrativa empregada na obra, composto muito mais por imagens sem diálogos, se apoiando quase unicamente na narrativa gráfica visual para se fazer entender. A resenha completa da obra pode ser conferida aqui.


>>> Violent Cases - De Neil Gaiman e Dave McKean



Embora a HQM tenha publicado Violent Cases em 2008, fato é que poucos tiveram a chance de colocar as mãos na obra até ela ser publicada com todo o apuro merecido pela Aleph no final do ano passado. Violent Cases marca a primeira parceria, que mais tarde se mostraria prolífica, entre Neil Gaiman e Dave McKean. O primeiro se tornaria mundialmente famoso pela série Sandman e o segundo seria responsável pela identidade visual do mesmo quadrinho, ao assinar a arte de todas as suas capas. Trata-se de uma graphic novel curta (em comparação às demais do ranking), de 48 páginas, mas que diz muito. Trata sobre memória, traumas de infância, relações familiares e legado. Embora o texto de Gaiman seja acima da média como sempre, é McKean que pega o leitor pela mão e o leva a um mergulho para dentro da psiqué humana.

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