quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

"Terra Um" não se prende às convenções da clássica origem de Batman


Finalmente chega ao Brasil a mais nova versão alternativa da gênese de Batman, dessa vez sob a batuta do onipresente Geoff Johns e Gary Frank (Superman - Origem Secreta). Lançada pela Panini com algum atraso, Batman - Terra Um segue a fórmula já adotada em Superman - Terra Um, que, convenhamos, foi bem ruim. Mas dessa vez o resultado foi melhor, apresentando uma história, ainda que nada brilhante, mexe bem com os elementos da mitologia do herói e mostra alguns cenários interessantes.

Dentre as várias diferenças notáveis, vemos um Alfred mais encorpado e responsável pelo treinamento do jovem Bruce Wayne. Trata-se de uma das maiores alterações promovidas no cânone estabelecido por Frank Miller em Batman - Ano Um. Aqui, Bruce Wayne nunca saiu de Gotham em busca de treinamento, fazendo que sua evolução do herói não muito seja plausível. Além disso, vemos um Coringa intimamente ligado com a morte dos pais de Bruce.

Mas o que realmente vale a leitura e o investimento é a arte de Gary Frank, com seu traço realista e expressivo, tentando contornar a falta de empatia que sentimos com o jovem Bruce Wayne criado por Johns. No papel couché utilizado pela Panini na edição (que, aliás, está ótima) alguns painéis ficaram incríveis.

Batman - Terra Um
Batman - Earth One
**** 7,0
DC | julho de 2012
Panini | dezembro de 2013
De Geoff Johns (roteiro), Gary Frank (arte), Jonathan Sibal (arte-final) e Brad Anderson (cores).

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