sábado, 23 de agosto de 2014

Em sua reta final, Monster não é feito para leitores ansiosos


Monster caminha para a sua reta final atando algumas pontas soltas e criando muita tensão. Já não era sem tempo. Já há alguns volumes que venho achando que a história caminha em círculos, apresentando uma trama pouco inventiva. A impressão que passava era que as páginas corriam e não se via nenhum desenvolvimento relevante na história, ficando ela limitada na caçada de Yohan, que ainda teima em não dar as caras pra valer.

Nesse volume 12 já vimos o propósito de alguns arcos desenvolvidos até aqui. Parece que todo aquele périplo que o Tenma fez pelo leste europeu, conhecendo pessoas e procurando descobrir o passado de Yohan, vai realmente dar em alguma coisa. Primeiro, vários personagens secundários dos volumes anteriores estão se mobilizando para dar uma força para que Tenma prove sua inocência. Algo pouco factível, mas até aí tudo bem. Segundo, descobrimos finalmente qual a relação entre algumas peças até aqui soltas na história, como a prostituta Margot, o orfanato Kinderhein 511 e o magnata Schuwald. 

Apesar da corriqueira impressão de que a trama está pecando na objetividade, como se trata de Naoki Urasawa, fica a confiança de que ao final tudo fará sentido e ganhará propósito. Cabe a leitores menos pacientes (como eu) a conter a ansiedade por respostas e curtir os próximos seis volumes (a série foi concluída no volume 18).

Monster: Volume 12 - The Rose Mansion
**** 7,5
Panini | abril de 2014
Roteiro e arte: Naoki Urasawa

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