sábado, 13 de setembro de 2014

Ainda sem apresentar todo o seu potencial, Fatale melhora em seu segundo arco


Apesar de não apresentar nada muito especial em seu primeiro arco, algo em Fatale me deixou curioso para acompanhar a continuação. E a impressão que ficou após a leitura de The Devil's Business não foi muito diferente, apesar de notáveis avanços trama. O mistério em torno de Josephine é o principal elemento de interesse na trama, arrebatando o leitor do mesmo modo que ela faz com todos os homens que cruzam o seu caminho.

Fatale basicamente conta, em duas linhas temporais distintas, a história por trás do rastro de morte que Josephine (ser que não envelhece e exerce enorme poder de influência sobre os homens) deixa por onde passa. Como em qualquer trama de mistério que se preze, as respostas vêm aos poucos e em pequenas doses, deixando ao leitor pescar insinuações e estabelecer algumas relações.

Essa característica é algo muito presente na obra de Brubaker, predominantemente composta de quadrinhos policiais. Mas aqui ele adiciona novos ingredientes, sobretudo magia e terror. Quanto à arte, a casadinha Phillips-Stewart continua afiadíssima. A reconstrução histórica dos anos 70 está bem fiel e coerente. Sem falar nas capas... coisas lindas.

Um roteiro instigante unido a uma das melhores artes do mercado atualmente é mais do que suficiente para manter o interesse em um título nos dias de hoje que, salvo honráveis exceções (vindas quase todas de editoras fora do mainstream), sofre escassez de boas histórias. 

Fatale: Vol. 2 - The Devil's Business
Fatale #6-10
**** 8,0
Image | janeiro de 2013
Roteiro: Ed Brubaker
Arte: Sean Phillips
Cores: Dave Stewart

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